segunda-feira, 10 de maio de 2010




agora, que ele já não existe, parece-me que terei de pensar em tantas coisas, filosofia, política, história. sigo os artigos nas gazetas, leio os livros, dou cabo da cabeça, mas não encontro em nada disto, livros, revistas, ideias, em tudo, enfim, o que ele sempre quis dizer nas suas palavras. era outra coisa o que ele pretendia, qualquer coisa suficientemente vasta para que abraçasse tudo e não podia dizê-lo com palavras, mas, compreendo-o agora, vivendo como viveu. somente sendo assim tão desapiedadamente ele próprio, como sempre foi até à morte, podia dar qualquer coisa a todos os homens.



hip, hip, hurra, pai!



(italo calvino - o barão trepador, 1957)

1 comentário:

Anónimo disse...

beijos (pai)