Para que ela tivesse um pescoço tão fino Para que os seus pulsos tivessem um quebrar de caule Para que os seus olhos fossem tão frontais e limpos Para que a sua espinha fosse tão direita E ela usasse a cabeça tão erguida Com uma tão simples claridade sobre a testa Foram necessárias sucessivas gerações de escravos De corpo dobrado e grossas mãos pacientes Servindo sucessivas gerações de príncipes Ainda um pouco toscos e grosseiros Ávidos cruéis e fraudulentos Foi um imenso desperdiçar de gente Para que ela fosse aquela perfeição Solitária exilada sem destino
8 comentários:
"Ás vezes ouço passar o vento; e só de ouvir o vento passar, vale a pena ter nascido."
(Fernando Pessoa)
ouve o vento e sente que vale a pena...
Anjos ou querubins, arcanjos ou serafins... either half way to heaven or half way to hell... everyday! ;) (Gostei do aspecto dos meus brincos)
:)))) é mais asas de serafinas (sem ser da família do outro, o saudade)
(filipa)
olha, só te digo, tanto as fotos, comos os modelitos ;), como o inteirinho post, são todos Daqui! [e vê-se assim um puxar da orelhita...]
;)
:))))) modelitos e orelhitas, bom título para um paper a publicar brevemente...
(filipa)
não sou grande apreciador de brincos.. e até os acho bastante incómodos em certas ocasiões :P
Mas gosto da série :)
não discuto apreços ou desapreços. só preços.
:)
(filipa)
Retrato de uma princesa desconhecida
Para que ela tivesse um pescoço tão fino
Para que os seus pulsos tivessem um quebrar de caule
Para que os seus olhos fossem tão frontais e limpos
Para que a sua espinha fosse tão direita
E ela usasse a cabeça tão erguida
Com uma tão simples claridade sobre a testa
Foram necessárias sucessivas gerações de escravos
De corpo dobrado e grossas mãos pacientes
Servindo sucessivas gerações de príncipes
Ainda um pouco toscos e grosseiros
Ávidos cruéis e fraudulentos
Foi um imenso desperdiçar de gente
Para que ela fosse aquela perfeição
Solitária exilada sem destino
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