segunda-feira, 26 de setembro de 2011







a própria definição de "saúde" mental é a capacidade de participar na economia consumista. quando investimos em terapia, estamos a investir em comprar.




(jonathan franzen - as correcções, 2001)

6 comentários:

margarete disse...

humor seria uma placa inscrita assim à porta de um psi :D

Filipa Júlio disse...

isso e um sistema de cartão de pontos como no supermercado, na farmácia e na bomba de gasolina.
"venha cá!"
: )

ana barata disse...

mas quem é que resiste a um belo par de sapatos!?? não é fácil....

menina de porcelana disse...

parece-me ser um livro a consumir...

há muito de indefenido no conceito de "saúde mental" (ainda à espera de definição universal...)... às vezes pega-se ao conceito de normalidade (que é tão relativo). normal é quem não abana o mundo, mas se a maioria não o abanar.

(acho irónico. 'o estado a que chegámos'. criámos uma sociedade com um monte de acessórios supérfluos, e agora temos estupidamente que dar o litro para os manter. que é para isto não descambar [mais ainda]. é o famoso ciclo vicioso... -.-'')

henedina disse...

Normal. A Psicologia, na Faculdade, o Prof disse-me como era a vida sexual do meu doente num exame que me estava a correr bem e eu respondi "normal". Era um senhor que vinha amputar uma perna, com mais de 65 anos, solteiro e que olhava para mim com horror que eu lhe perguntasse essa parte, não perguntei nada, esperei que ele me contasse, não contou, não perguntei.
O Prof disse ia-lhe dar 18, responda-me como era a vida sexual do seu doente se volta a dizer normal vai ter que definir e vou-lhe dar 16. Respondi-lhe: a minha vida sexual e a do Professor não é normal, a do meu doente é normal. E não tive 18, tive 15.
Já na altura era pela boca que morria o peixe. Mas teria feito o mesmo de novo. Não sou inteligente, os inteligentes aprendem com os erros. Eu não. Reincido. Helas!

Filipa Júlio disse...

o livro tem das melhores descrições da doença de Parkinson que alguma vez li.
a consumir em doses elevadas.